É apropriado se endividar quando a taxa de juros é baixa?

Existem as chamadas dívidas boas e dívidas ruins. Quando o empréstimo é feito sem planejamento e compromete o orçamento familiar, pode provocar danos irreparáveis à estabilidade financeira da pessoa. Por outro lado, se a tomada de crédito tem um bom motivo e é realizada em condições saudáveis para o bolso, a decisão de se endividar é válida, sobretudo quando os juros são baixos.

Exemplos de dívidas do bem

As dívidas do bem são aquelas que podem representar ganho futuro para o consumidor e que aumentam o patrimônio do tomador. Um exemplo é o financiamento imobiliário, no qual geralmente são praticadas as menores taxas de juros do mercado. Os bancos exigem que o pagamento mensal comprometa no máximo 30% da renda.

Outros bons motivos para se endividar podem vir de um financiamento estudantil e de empréstimos para negócios e capital de giro. Investir em educação pode gerar frutos lá na frente. No caso dos empreendedores, tomar crédito agora com expectativas de aumentar as vendas e o lucro em seguida é uma opção desejável se for (de novo) bem planejada. Existem linhas de microcrédito para micro e pequenas empresas com taxas bastante acessíveis.

Verificar a taxa de juros antes de se endividar

Quanto mais fácil e disponível a linha de crédito, maior é o perigo da inadimplência. Os principais vilões neste sentido são o cartão de crédito, cuja taxa de juros média chegou a 475% ao ano em agosto de 2016, e o cheque especial – 321% ao ano. Isso quer dizer que uma dívida de R$ 50 mil que for rolada por 12 meses pode se transformar em R$ 287 mil e R$ 210 mil, respectivamente. Portanto, muito cuidado com as taxas de juros para não se endividar com um empréstimo que pode virar um pesadelo.

Caso você seja devedor ou credor, poderá vir a precisar de um documento chamado de termo de confissão de dívida. A pessoa dita devedora reconhece estar devendo certa quantia de dinheiro a uma credora e se compromete a pagá-la.