Migrantes do oriente médio: oportunidades no país que o acolhem

Desde 2011, quando começou a guerra na Síria, país do Oriente Médio, o número de pessoas que deixam o seu país para procurar asilo em outro aumentou de forma exponencial. Segundo a Organização das Nações Unidas para Refugiados, o ano de 2015 registrou um triste recorde: mais de 65 milhões de refugiados – 10% a mais do que no ano anterior. A maior parte sai do Oriente Médio em direção à Europa e a outras regiões. Que oportunidades existem dentro da problemática dos fluxos migratórios?

Refugiados ou migrantes econômicos?

A ONU define como refugiados aqueles que não possuem proteção do Estado e muitas vezes é o seu próprio governo que os persegue, geralmente em função de sua raça, religião, nacionalidade, opinião política ou pertencimento a um determinado grupo social. Paralelamente, existe a figura dos migrantes econômicos, que recorrem a outros países em busca de melhores condições de vida e de trabalho. O problema que se criou nos últimos anos é o chamado abuso de asilo. Os pedidos de autênticos refugiados se misturam aos de pessoas que não são enquadradas neste perfil.

Ajuda de associações humanitárias

O país que mais recebe refugiados é a Turquia, com 2,5 milhões de pessoas, seguida por Paquistão, com 1,6 milhão, e Líbano, com 1,1 milhão. A maior parte desses migrantes vem da Síria, do Afeganistão e da Somália. Atualmente, vivem no Brasil cerca de 9 mil refugiados de 80 nacionalidades. Os sírios representam o maior número – mais de 2.300 receberam status de refugiados do governo brasileiro.

Para quem trabalha em associações humanitárias e ONGs de vários setores, este é um momento de sensibilização no Brasil e no mundo. Criar oportunidades para essas pessoas que chegam em busca de uma nova vida é o grande desafio para cidadãos e autoridades. Há quem decida criar um associação civil sem fins lucrativos para participar desse mutirão de ajuda.