O que acontece com a presença online de quem morreu?

Quando uma pessoa morre, muitos familiares e amigos ficam sem saber como proceder para desativar as páginas na internet e os perfis cadastrados em redes sociais do falecido. O processo não é automático e exige comprovantes de óbito, entre outros documentos. Nem todas as empresas online, porém, garantem que todos os dados serão deletados. Saiba abaixo como é a política das principais redes sociais.

Deixar acessível login e senha é uma forma de se prevenir

A Organização das Nações Unidas estima que quase 150 mil pessoas falecem por dia. Levando-se em conta que 30% da população mundial utiliza redes sociais, chega-se a um número de 45 mil usuários com perfis inativos diariamente. Neste mundo em que cada vez mais pessoas utilizam a internet, há quem reflita no assunto da presença online após a morte.

Deixar escrito todos os logins e senhas em um documento acessível a uma pessoa de confiança evita a burocracia de fechar as contas uma por uma. Caso contrário, é preciso se informar sobre a política de cada site ou rede social para saber como proceder.

Presença online nas redes sociais

O Facebook, a rede social mais usada do mundo, permite que o perfil de um usuário falecido seja removido ou se transforme em um memorial. Para isso, é necessário preencher um formulário e enviar uma comprovação da morte, como o registro de óbito ou uma notícia publicada em veículo oficial. O Instagram também oferece as duas opções, com a diferença de que apenas parentes diretos podem solicitar a remoção da conta ou a transformação em memorial. No Twitter, só é possível desativar o perfil. A empresa exige, além do registro de óbito, uma cópia da identidade de quem está solicitando a remoção do perfil.

Já os serviços de e-mails como Gmail, Yahoo e Outlook realizam a desativação da conta mediante solicitação e comprovação do óbito por parte dos familiares. Há outros exemplos em que apenas com uma ordem jurídica pode-se acessar o conteúdo online de um falecido. O Google possui ainda um serviço chamado “Google Inactive Account Manager”, uma página onde você configura o que deve acontecer com a sua conta quando ela ficar inativa por um tempo determinado.

A conclusão é que, na maioria dos casos, a privacidade das pessoas é protegida mesmo depois da morte. Por isso, é bom se prevenir e refletir sobre como você deseja que a sua presença online seja vista quando você partir e também sobre os direitos ao uso da sua imagem